A situação dos Direitos Humanos
hoje, se não está totalmente condizente com a dignidade humana, pode ser
considerada bem melhor se comparada com outros tempos.
Na Antiguidade
Sabemos que na Antiguidade sempre
imperou governos despóticos, cruéis, muitos deles se apresentando como
representantes dos deuses na terra. Mas as primeiras manifestações em favor dos
povos sofredores e subjugados estão registradas no Antigo Testamento, quando os
profetas que anunciavam a vinda do Messias, ao mesmo tempo denunciavam os
desmandos dos governantes. O Rei Davi foi um desses reis que procurava governar
segundo os ditames divinos.
Já na Grécia, uma civilização
humanista por excelência, os legisladores surgiram para implantar a democracia
e estabelecer alguns direitos, ainda que limitados aos cidadãos, unicamente de
origem grega. Em Roma, na mesma linha humanista dos gregos, foram
estabelecidos, não sem luta, direitos aos plebeus e aos estrangeiros (os
bárbaros).
O Cristianismo, porém, foi a
grande novidade, pois os discípulos e os primeiros grandes doutores
disseminaram a valorização do ser humano como imagem e semelhança de Deus,
portanto dotado de uma dignidade jamais pensada em tempos anteriores. E, então,
muitas das práticas desumanizantes, como a escravidão, foram minizadas.
Na Idade Média
Dois movimentos foram
perceptíveis na Idade Média. O primeiro deles diz respeito ao crescimento do
Cristianismo, à predominância da Igreja Católica, os valores cristãos foram aos
poucos inseridos na cultura da sociedade. Com o pensamento e as obras de Santo
Agostinho e Santo Tomás de Aquino foram cristalizados os conceitos de Lei
Natural, Lei Divina e Lei Humana, na execução das quais deveriam prevalecer a
vontade de Deus. Como senões desse período precisamos registrar a existência da
Inquisição, da perseguição às Heresias e a existência dos servos
(semi-escravos) nas propriedades da Igreja (considerada pelos historiadores
como uma grande senhora feudal).
O segundo movimento constatado na
Idade Média é o movimento político, primeiro na Europa Continental Ocidental,
no período de transição do Feudalismo para o Urbanismo, em que as cidades antes
pertencentes aos Senhores Feudais foram adquirindo suas liberdades com as
Cartas de Franquia, patrocinadas pelos
burgueses. Por outro lado, na Inglaterra, os barões latifundiários impuseram ao
Rei João Sem-Terra, em 1215, limites ao seu poder político, obrigando-o a
aceitar a Carta Magna, gênese da Constituição Inglesa, que vigora até hoje, com
as modificações, é claro, para consolidar os Direitos da Pessoa Humana.
Note-se que, até esse momento da
História os Direitos Humanos ainda permanecem limitados, restritos, basicamente
à nova classe social que surgiu na época do Renascimento Urbano e que será o
grande diferencial da evolução da História da Humanidade: a burguesia.
Zz, Obrigada por esta oportunidade, aqui estou conhecendo e aprendendo coisas, detalhes novos.
ResponderExcluirPARABÉNS.