Ao longo da História os processos
de circulação das informações foram se transformando. No passado longínquo
havia os grandes sinais, como as nuvens de fumaça; os viajantes que se reuniam
nas praças e nas casas e relavam o que havia acontecido nos grandes centros
urbanos. Nesses centros os detentores da informação eram os arautos dos reis e
os sacerdotes.
Já na Idade Média Europeia, a
informação se a informação se concentrava nos púlpitos e nas salas de
catequese, portanto, monopólio da Igreja Católica. Já no final desse período
surgiu a imprensa e com ela uma revolução silenciosa começou a ser construída,
a revolução da informação mais rápida, leiga, popular, ainda que restrita aos
alfabetizados. As Grandes Navegações deram inicio o processo de globalização,
com o encurtamento das distâncias e a aproximação das civilizações ocidentais e
orientais até então isoladas.
Outros avanços tecnológicos e
científicos incorporados pela humanidade foram tornando o processo de circulação
da informação muito mais rápido e atingindo camadas da população que ainda
estavam excluídas. Os jornais, os livros e as revistas ganharam importância,
bem como o telex e o telefone. Chegaram o cinema e sua revolução no campo do
entretenimento e logo em seguida o rádio. Antes do rádio para se obter a informação as pessoas tinham
de interromper suas atividades ou planejar o seu tempo para principalmente as
leituras. O cinema atraía multidões que deixam o seu cotidiano para se dedicar
ao lazer e também se informar.
O rádio mudou o comportamento das
pessoas, especialmente das donas de casa, pois ouvir rádio não significa mais
interromper suas atividades. A informação chagava em casa e as esposas se
encarregavam de atualizar o marido dos fatos do dia, das novidades nas áreas
culturais e esportivas. Para o homem do campo, o rádio transistorizado foi
sensacional, pois o introduzia mesmo à distância, no mundo urbano. O rádio
desempenhou um papel importante na mobilidade da população, especialmente o
Êxodo Rural, pois levava as novidades das cidades para todos os cantos,
“encantando” e atraindo a população do campo.
O rádio, ainda assim continuava
ocupando apenas os “ouvidos” das pessoas, por isso mesmo chamados de
“ouvintes”. Foi usado politicamente pelos governantes populistas que de
imediato perceberam a sua força de penetração na população geral, especialmente
nas camadas mais humildes.
Veio a televisão e a revolução se
acentuou. É inegável a sua importância como veículo de comunicação, de
entretenimento, de informação, como é inegável sua capacidade de aglutinar em
torno de si as pessoas.
A televisão passou a ocupar os
ouvidos e os olhos das pessoas, por isso chamados de “tele-expectadores”,
aqueles que vêem à distância. Os impactos mais profundos da televisão sobre a
vida das pessoas merecem uma reflexão mais profunda, mas existem “trocentos”
estudos a respeito, disponíveis na internet.
E agora, o computador pessoal
(PC), os “Notebooks”, e os seus filhos mais recentes, os smarts, os ipeds, os
tablets, e sabe Deus o que mais..... Sensacional! Informação imediata, on
line...
Informação, sem ser
necessariamente formação. Essa nova parafernália tecnológica, supra-sumo da
moda, provoca, isto sim, a ocupação dos
olhos, dos ouvidos, dos braços, das mãos, da mente e, se abusar, do corpo
inteiro das pessoas. Essas são pessoas agora pertencem à geração “Y”, ou
multitarefa. Ouço até algumas mães dizerem com orgulho que “meu filho já nem
dorme.... fica a noite toda no computador”.
A informática é uma ferramenta fundamental
para o dia-dia das pessoas. Já não é possível conceber, qualquer atividade
humana sem o uso de um computador, até as mais simples.
A informática compõe uma nova
revolução na vida das pessoas e é possível mesmo vislumbrar um novo período da
História da Humanidade, que pode ser denominada a “Era da Informação”, ou a
“Era da Instantaneidade”.
Hoje, já não se concebe mais algo
que não seja “on line”.... A Informática está presente em tudo, no simples
planejamento de “contas a pagar” durante o mês até as cirurgias feitas por
robôs, comandadas por médicos em laboratórios em países de outros continentes.
Quase não dá para comentar muitas
outras coisas, tamanha é a obviedade do tema.
Capítulo a parte é a internet. Extraordinário
veículo de comunicação possui a magia do encantamento, fazendo que as possam se
comunicar com o mundo, integrarem-se
nele e participar de redes de relacionamentos com milhões de amigos. Um
verdadeiro milagre, pois a partir da solidão do quarto podem conectar-se com tantas pessoas ao mesmo tempo.
Porém, a Internet traz os seus riscos, pois ao mesmo tempo em que promove a integração
no mundo, há o afastamento do contato humano, tornando as pessoas egoístas,
egocêntricas, portanto, mais desumanizadas.
As pessoas se viciam, perdem a noção
das horas, ficam doentes, se enlouquecem.
Não sei.... Que essa tecnologia
da informação veio para ficar isso é fato consumado. Que a televisão é uma
realidade definitiva também. Mas como diziam alguns antigos “o que abunda não
sobeja”, talvez seja necessário pensar um pouco mais sobre esse assunto.
Voltaremos a ele.
Tudo que é usado sem limite, precisa de um controle dos pais, familiares e amigos.
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