SEGUNDA PARTE
Já
na Idade Moderna, entre os séculos XVI e XVIII, começou e evoluiu rapidamente o
processo de centralização, com o retorno da autoridade do rei, através do que
se convencionou chamar de “A Formação das Monarquias Nacionais”, cuja
característica essencial foi o poder absoluto do governante. Com isso os
Direitos Humanos sofreram um retrocesso importante. Como é sabida, a Burguesia,
classe social emergente, aliou-se à Monarquia, pois tinha interesses econômicos
específicos.
Historicamente,
tem-se como fato relevante a Reforma Religiosa, principalmente o Calvinismo
(depois chamados de Puritanos) religião que dava amplo apoio aos interesses
burgueses, por incentivar o trabalho e o lucro, e por isso obteve a adesão
deles. E numa perspectiva mais ampla, o Reformismo Religioso, que fez surgir,
não só o Calvinismo (Suíça, Alemanha, França e Inglaterra), como o Luteranismo
(Alemanha) e o Anglicanismo (Inglaterra) foi um movimento que colocou em check
a hegemonia da Igreja Católica na Europa. Esta perdeu muitas de suas
propriedades que passaram para as mãos da aristocracia européia, porém, nada
significando de melhora nas condições de vida dos trabalhadores rurais ligados
a essas terras.
As Revoluções Liberais, primeiros
passos mais sólidos no processo de construção dos Direitos Humanos
Na Inglaterra
Os reis ingleses no Século XVII em centralizar cada vez mais o poder em suas mãos, abusando do Absolutismo. O ultimo rei “absoluto”, Jaime II, instaurou um governo autoritário, favorecendo católicos e anglicanos em detrimento dos calvinistas, como vimos, formados em grande parte por burgueses. Além disso, aproximou-se diplomaticamente da França, se maior concorrente no comércio internacional.
Diante
disso, em 1688 o Parlamento decidiu depor o rei, escolhendo o príncipe holandês Guilherme de Orange, como
seu sucessor. Casado com uma filha de Jaime II, foi coroado em 1689, como
Guilherme II e, ao assumir o trono, comprometeu-se a respeitar e cumprir o Bill
of Rights (Declaração de Direitos), votado pelo Parlamento, que instituiu,
também, na mesma oportunidade o Parlamentarismo que vigora na Inglaterra até
hoje. Tal documento reafirma a amplia a lista dos Direitos da População Inglesa
que o rei não podia, e não pode, violar. Ressalte-se que tais direitos não eram
totais, plenos, pois beneficiavam muito mais a burguesia, e por fim, colocava o
Anglicanismo como religião oficial do Reino Inglês.
Não
perca os próximos capítulos...
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