A palavra trabalho vem da raiz
latina trabs,
trabis = trave que se colocavam nos
escravos para obrigá-los a trabalhar. Isso na época da Civilização Romana. Por
isso que os povos outrora dominados pelos romanos conservaram a raiz latina associada
a idéia de trabalho escravo, ou trabalho mais pesado: travail, trabajo,
trabalho
Já outros povos que sofreram a mesma
influência italiana conservaram a raiz latina associada a atividades nobres:
labor em latim, que deu origem a lavoro em italiano, labour em inglês e que em
português aparece apenas na forma mais aristocrática de labor, lavor,
laborioso.
Mas, o trabalho pode ser definido
como uma ação desempenhada por seres humanos, supondo um gasto de energia,
dirigida a um fim determinado e conscientemente desejado, executada mediante
uma participação da inteligência, utilizando-se de instrumentos e
ferramentas e que de algum modo produz
efeito sobre o seu executante.
O fim prático do trabalho e que é o
seu aspecto mais importante, exige sempre: execução de uma utilidade e o
progressivo domínio do homem sobre a natureza.
O trabalho é exercido principalmente
para se obter a subsistência e, de acordo com as exigências para o seu
exercício, pode ser: qualificado e semiqualificado. Também pode exigir uma
aprendizagem técnica, uma formação universitária ou simplesmente uma iniciação
a partir da experiência imediata.
Algumas formas de trabalho exigem
maior dispêndio de energias espirituais,
como o trabalho do cientista e do administrador; outras exigem mais energias
físicas, como o do servente da construção civil.
Qualquer forma de trabalho humano,
tem uma dignidade inalienável, por isso mesmo é uma atividade de um ser
racional e livre. Seu valor não se mede apenas pela categoria a que pertence
cada um, mas principalmente pela perfeição com que ele é realizado.
Buscar o trabalho é dever de todo o
homem, qualquer que seja sua concepção moral ou religiosa. E também direito,
reconhecido, solenemente pela Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Capitalismo - Definição
Capitalismo é um sistema econômico
baseado no predomínio do capital sobre o trabalho e no qual a maior parte da
vida econômica, principalmente os investimentos em bens de produção e sua
propriedade, se desenvolvem no setor privado (isto é, pelas pessoas
particulares), através do processo de concorrência econômica, tendo como
motivação maior o lucro.
Origens
O Capitalismo surgiu a partir da
influência de várias circunstâncias históricas, coincidindo com o advento da
Revolução Industrial. Entre essas, as principais foram as seguintes:
· Os rápidos progressos da tecnologia que revelaram a possibilidade de
utilização de novas formas de energia (a vapor, elétrica), dando lugar a novos
processos de produção, que substituíram a produção artesiana pela produção em
série;
· Ampliação dos mercados para os produtos europeus, pela colonização da
Ásia, África e América.
Entretanto, Capital
não é só dinheiro. São também os Meios de Produção (terras, minas, usinas,
fábricas), os Bancos, as Empresas urbanas e rurais. Seus proprietários são os
capitalistas e formam a classe social chamada Burguesia.
O capitalismo para
funcionar na prática depende basicamente da força de trabalho humano. Os
trabalhadores, assim, formam a base da sociedade capitalista. Eles não são
donos de nada e só possuem sua força de trabalho para vender aos capitalistas e
assim conseguir sua sobrevivência.
Mas, a partir do
Século XIX, os trabalhadores começaram a ter consciência de seus direitos e de
sua força de pressão e passaram a sonhar em ver seus direitos respeitados,
principalmente os que se referem às condições de remuneração e ambiente de
trabalho.
E o que se viu então
foi um quadro de forças distintas em que os capitalistas sempre se apresentam
muito mais fortes, impondo aos trabalhadores condições subumanas de trabalho,
em troca de um salário não condizente com sua dignidade de pessoa humana.
Os trabalhadores,
embora conscientes de seus direitos não se rebelaram com a intensidade
necessária para reverter a situação, pois desconhecendo seu potencial, não se
uniram nem se organizaram como deveriam.
Os sindicatos, criados
para serem os porta-vozes dos trabalhadores se apresentam divididos,
representando apenas setores e categorias de trabalhadores. Num país como o
Brasil, não existe uma central única capaz de unir em torno de si toda a massa
de trabalhadores. Isso faz bem aos capitalistas que conseguem, assim,
administrar as relações com trabalhadores de acordo com seus interesses e
perspectivas.
Concluindo, no
Capitalismo não há ética. O que tem valor é o comportamento do mercado que se
baseia na lei da oferta e da procura e, em última análise, na existência do
LUCRO. Para os capitalistas, o trabalho também deve contribuir para que o lucro
aconteça.
Imagem: Google.
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