segunda-feira, 3 de novembro de 2014

CAPITAL X TRABALHO


A palavra trabalho vem da raiz latina trabs, trabis = trave que se colocavam nos escravos para obrigá-los a trabalhar. Isso na época da Civilização Romana. Por isso que os povos outrora dominados pelos romanos conservaram a raiz latina associada a idéia de trabalho escravo, ou trabalho mais pesado: travail, trabajo, trabalho

 

Já outros povos que sofreram a mesma influência italiana conservaram a raiz latina associada a atividades nobres: labor em latim, que deu origem a lavoro em italiano, labour em inglês e que em português aparece apenas na forma mais aristocrática de labor, lavor, laborioso.

 

Mas, o trabalho pode ser definido como uma ação desempenhada por seres humanos, supondo um gasto de energia, dirigida a um fim determinado e conscientemente desejado, executada mediante uma participação da inteligência, utilizando-se de instrumentos e ferramentas  e que de algum modo produz efeito sobre o seu executante.

 

O fim prático do trabalho e que é o seu aspecto mais importante, exige sempre: execução de uma utilidade e o progressivo domínio do homem sobre a natureza.

 

O trabalho é exercido principalmente para se obter a subsistência e, de acordo com as exigências para o seu exercício, pode ser: qualificado e semiqualificado. Também pode exigir uma aprendizagem técnica, uma formação universitária ou simplesmente uma iniciação a partir da experiência imediata.

 

Algumas formas de trabalho exigem maior dispêndio de energias  espirituais, como o trabalho do cientista e do administrador; outras exigem mais energias físicas, como o do servente da construção civil.

 

Qualquer forma de trabalho humano, tem uma dignidade inalienável, por isso mesmo é uma atividade de um ser racional e livre. Seu valor não se mede apenas pela categoria a que pertence cada um, mas principalmente pela perfeição com que ele é realizado.

 

Buscar o trabalho é dever de todo o homem, qualquer que seja sua concepção moral ou religiosa. E também direito, reconhecido, solenemente pela Declaração Universal dos Direitos Humanos.

 

Capitalismo - Definição

 

Capitalismo é um sistema econômico baseado no predomínio do capital sobre o trabalho e no qual a maior parte da vida econômica, principalmente os investimentos em bens de produção e sua propriedade, se desenvolvem no setor privado (isto é, pelas pessoas particulares), através do processo de concorrência econômica, tendo como motivação maior o lucro.

 

Origens

 

O Capitalismo surgiu a partir da influência de várias circunstâncias históricas, coincidindo com o advento da Revolução Industrial. Entre essas, as principais foram as seguintes:

 

·     Os rápidos progressos da tecnologia que revelaram a possibilidade de utilização de novas formas de energia (a vapor, elétrica), dando lugar a novos processos de produção, que substituíram a produção artesiana pela produção em série;

 

·     Ampliação dos mercados para os produtos europeus, pela colonização da Ásia, África e América.

 

Entretanto, Capital não é só dinheiro. São também os Meios de Produção (terras, minas, usinas, fábricas), os Bancos, as Empresas urbanas e rurais. Seus proprietários são os capitalistas e formam a classe social chamada Burguesia.

 

O capitalismo para funcionar na prática depende basicamente da força de trabalho humano. Os trabalhadores, assim, formam a base da sociedade capitalista. Eles não são donos de nada e só possuem sua força de trabalho para vender aos capitalistas e assim conseguir sua sobrevivência.

 

Mas, a partir do Século XIX, os trabalhadores começaram a ter consciência de seus direitos e de sua força de pressão e passaram a sonhar em ver seus direitos respeitados, principalmente os que se referem às condições de remuneração e ambiente de trabalho.

 

E o que se viu então foi um quadro de forças distintas em que os capitalistas sempre se apresentam muito mais fortes, impondo aos trabalhadores condições subumanas de trabalho, em troca de um salário não condizente com sua dignidade de pessoa humana.

 

Os trabalhadores, embora conscientes de seus direitos não se rebelaram com a intensidade necessária para reverter a situação, pois desconhecendo seu potencial, não se uniram nem se organizaram como deveriam.

 

Os sindicatos, criados para serem os porta-vozes dos trabalhadores se apresentam divididos, representando apenas setores e categorias de trabalhadores. Num país como o Brasil, não existe uma central única capaz de unir em torno de si toda a massa de trabalhadores. Isso faz bem aos capitalistas que conseguem, assim, administrar as relações com trabalhadores de acordo com seus interesses e perspectivas.

 

Concluindo, no Capitalismo não há ética. O que tem valor é o comportamento do mercado que se baseia na lei da oferta e da procura e, em última análise, na existência do LUCRO. Para os capitalistas, o trabalho também deve contribuir para que o lucro aconteça.


Imagem: Google.


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