quarta-feira, 19 de novembro de 2014

OS SINDICATOS


Sindicato - Origem da palavra


A palavra “Sindicato” vem do grego Syndikós, onde: ”syn” = com e ”dikós” = justiça

Esta formação gerou a idéia de que sindicato é aquele que faz justiça ou defende alguém por uma causa justa.

Origem e Evolução Histórica do Sindicalismo


Historicamente esta expressão foi usada pela primeira vez na França quando os operários de um mesmo ramo de trabalho se agrupavam sob a liderança do seu syndic, ou secretário, para defender seus interesses comuns

Os sindicatos, portanto, são associações de que congregam os membros de uma determinada profissão, com a finalidade de proteger seus interesses de classe, pois desde o inicio da Revolução Industrial, os trabalhadores buscaram reagir contra o que consideravam os fatores de desemprego e de supressão dos postos de trabalho. Um deles foi o emprego da máquina.

Na Inglaterra, desde  o movimento ludita, isto é, a quebra de máquinas no inicio do Século XIX, até o aparecimento dos primeiros sindicatos de trabalhadores, ocorreu uma luta pela organização do trabalho e pela conquista dos direitos do trabalhador. Na França, desde a Revolução de 1848, período que compreende o ciclo da ascensão burguesa ao poder, o proletariado serviu de massa de manobra da burguesia e do movimento operário acabava sendo financiado por ela. A primeira metade do século XIX mostra, então, os primeiros grandes movimentos proletários na Europa em torno de associações de trabalhadores, as trade unions, suns-culottes, entre outros.

Em meados do século XIX, em contrapartida às propostas utópicas de mobilização operária e contra a manipulação do proletariado pela burguesia na Revolução de 1848, o Manifesto Comunista, Karl Marx, conclamou o proletariado à tomada de consciência de seu papel histórico e da luta contra a opressão da burguesia. No Manifesto, Marx preconizou a união do proletariado e a sua reunião em torno de lutas em nível mundial, com a criação dos sindicatos e amplas discussões das formas dessa luta.

Os resultados práticos das lentas mas firmes conquistas do proletariado europeu foram sensíveis em todos os setores da organização do trabalho. A organização operária espalhou-se pela Europa e, a partir de 1848, articulam-se amplos encontros de operários com a presença de sindicalistas, trabalhadores e intelectuais, com a finalidade de discussão de grandes temas ligados à formação da consciência operária, isto é, da consciência de classe. Reuniram-se no Século XIX trabalhadores de várias partes da Europa nos anos de 1864, em Londres, e de 1889, na França. Tais encontros deram origem à I e a II Internacionais (AIT – Associação internacional dos Trabalhadores ). Em ambas, discutiram-se questões teóricas em voga na Europa, como o marxismo, o anarquismo, na direção de criar uma formação socialista para substituir a formação capitalista dominante.

Foi somente no século XX, depois dos resultados da Primeira Guerra Mundial, que se realizou a III Internacional, tendo em vista a necessidade de rearticular a luta operária em torno do Socialismo. Ela se reuniu em Moscou, logo após a Revolução de Outubro de 1917, que implantou o socialismo na URSS. Criaram-se aí os Partidos Comunistas, destinados à missão de levar a mensagem do socialismo a todas as partes do mundo.

Houve ainda a tentativa de reorganização das internacionais em 1938, mas as condições mundiais – especialmente o inicio da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e as profundas divergências entre Trotsky e Stálin (Líderes da II Internacional), com a morte do primeiro – impediram o sucesso de sua realização.

De qualquer modo, a luta pela socialização do trabalho chegou a um ponto importante, pois criara a oportunidade de maior participação dos partidos políticos de esquerda criados durante as Internacionais.

Concretamente, os movimentos operários permitiram a conquista de benefícios que aliviaram, no transcorrer dos séculos IXI e XX, a exploração do trabalho pelo capital. Os principais foram:
·        Extensão do direito universal de voto
·        Direito de organização sindical e cooperativa, com a extensão para a formação de centrais de trabalhadores
·        Legitimação de leis trabalhistas em códigos jurídicos, que colocam o Estado como elemento de mediação e não intervenção  (salvo em alguns casos )
·        Assistência médico-hospitalar, jurídica e providenciaria, extensiva à família do trabalhador
·        A co-gestão da empresa



Imagem: Google.

Nenhum comentário:

Postar um comentário