segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

O NAZISMO E O HOLOCAUSTO


Adolf Hitler


Líder político alemão nascido na Áustria (1889-1945). Nasceu em Braunau e mudou-se para Viena em 1907. Em 1913 foi para Munique, na Alemanha, fugindo do alistamento no Exército de seu país. Com o início da I Guerra Mundial, ingressou no Exército alemão. Em 1919 filiou-se ao Partido Operário Alemão (DAP), mais tarde rebatizado Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP), apelidado de "nazi". Em 1921 passou a chefiar o partido. Foi preso em 1923, após uma tentativa de golpe de Estado – o Putsch de Munique. Na prisão escreveu o livro Mein Kampf (Minha Luta), expondo suas idéias. Tornou-se cidadão alemão, assumindo o poder como chanceler em 1933. Começou então a expansão militarista alemã, a princípio aceita pelas potências ocidentais. A partir da invasão da Polônia, em 1939, teve início a II Guerra Mundial. Hitler anexou vários países da Europa e ordenou o extermínio de judeus – cerca de 6 milhões são mortos. Quando as tropas soviéticas cercaram Berlim, já no final da Guerra,  em abril de 1945, matou-se no bunker da chancelaria. Minutos antes se casaou com sua amante de origem judia, Eva Braun.

 

Nazismo


Regime político de caráter totalitário que se desenvolveu na Alemanha com base na doutrina do nacional-socialismo, formulada por Adolf Hitler, que orientou o programa do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães. De caráter nacionalista, defendeu o racismo, a superioridade da raça ariana e a luta pelo expansionismo alemão e negou as instituições da democracia liberal e a revolução socialista.
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Ao final da I Guerra Mundial, além de perder territórios para França, Polônia, Dinamarca e Bélgica, os alemães foram obrigados pelo Tratado de Versalhes a pagar altas indenizações aos países vencedores. Isso fez crescer a dívida externa e comprometeu os investimentos internos, gerando falências, inflação e desemprego em massa, criando condições favoráveis ao surgimento e à expansão do nazismo no país.

O Partido Nazista, utilizando-se de espetáculos de massa (comícios e desfiles) e dos meios de comunicação (jornais, revistas, rádio e cinema), conseguiu mobilizar a população por meio do apelo à ordem e ao revanchismo. Em 1933, Hitler foi nomeado primeiro-ministro, com o apoio de nacionalistas, católicos e setores independentes. Um ano depois se tornou chefe de governo (chanceler) e chefe de Estado (presidente) Passou a interpretar o papel de führer, o guia do povo alemão, criando o III Reich.

Com poderes excepcionais, Hitler suprimiu todos os partidos políticos, exceto o nazista; dissolveu os sindicatos; cassou o direito de greve; fechou os jornais de oposição; e estabeleceu a censura à imprensa. Apoiando-se em organizações paramilitares, SA (guarda do Exército), SS (guarda especial) e Gestapo (polícia política), realizou perseguições aos judeus, aos sindicatos e aos políticos comunistas, socialistas e de outros partidos.

O intervencionismo e a planificação econômica adotados por Hitler eliminaram, no entanto, o desemprego e impediram a retirada do capital estrangeiro do país. Houve um acelerado desenvolvimento industrial, que estimulou a indústria bélica e a edificação de obras públicas. Esse crescimento deveu-se em grande parte ao apoio dos grandes grupos alemães, como Krupp, Siemens e Bayer a Adolf Hitler.

Em desrespeito ao Tratado de Versalhes, Hitler reinstituiu o serviço militar obrigatório, em 1935, remilitarizou o país e enviou tanques e aviões para amparar as forças conservadoras do general Francisco Franco durante a Guerra Civil Espanhola, em 1936. Nesse mesmo ano promoveu o extermínio sistemático dos judeus por meio da deportação para guetos ou campos de concentração. Anexou a Áustria e a região dos Sudetos, na Tchecoslováquia (1938). Ao invadir a Polônia, em 1939, dá início à II Guerra Mundial.

Terminado a guerra, instalou-se na cidade alemã de Nürenberg um tribunal internacional para julgar os crimes de guerra cometidos pelos nazistas, resultando em: 25 alemães condenados à morte, 20 à prisão perpétua, 97 a penas curtas de prisão e 35 são absolvidos. Dos 21 principais líderes nazistas capturados, dez foram executados por enforcamento em 16 de outubro de 1946.

Neonazismo

A partir dos anos 80, na Europa, houve uma retomada dos movimentos autoritários e conservadores denominados neonazistas, principalmente na Alemanha, Áustria, França e Itália. Eles foram favorecidos, entre outros motivos, pela imigração, pela recessão, pelo desemprego e pelo ressurgimento de velhos preconceitos étnicos e raciais. Manifestam-se de forma violenta e têm nos estrangeiros o alvo preferencial de ataque. Em alguns países, os movimentos neonazistas valem-se também da via institucional parlamentar, como o partido político Frente Nacional, na França.

No Brasil, carecas, skinheads e white power são alguns dos grupos em evidência nos grandes centros urbanos, promovendo ataques verbais, pichações e agressões dirigidas principalmente contra os migrantes nordestinos.

Holocausto

Termo que, originariamente, designava um rito religioso no qual uma pessoa era queimada inteira. Ao ser usado como nome próprio, remete à política de extermínio dos judeus, residentes na Europa, desenvolvida pela Alemanha nazista.

Quando o regime nazista chegou ao poder, em janeiro de 1933, adotou de imediato medidas sistemáticas contra os judeus, considerados como não pertencentes à raça ariana. Os órgãos do governo, os bancos e o comércio uniram esforços para afastá-los da vida econômica. A transferência contratual de empresas judias a novos proprietários alemães recebia o nome de “arianização”. Em novembro de 1938 todas as sinagogas da Alemanha foram incendiadas, destruídas as lojas de comerciantes judeus e milhares deles aprisionados. Este acontecimento, conhecido como a Noite dos Cristais marcou o início da política de extermínio da raça judia na Europa.

Ao ter início a II Guerra Mundial, o exército alemão ocupou a metade ocidental da Polônia. Os judeus poloneses foram obrigados a transferir-se para guetos que já se assemelhavam a campos de concentração. Em junho de 1941, os exércitos alemães invadiram a União de Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), realizando execuções em massa de judeus no território recém-ocupado. Um mês depois Hermann Wilhelm Goering ordenou a execução da ‘solução final da questão judaica’. E foi criado um novo método de extermínio: os campos de concentração.

Na Polônia foram construídos campos, equipados com instalações de gás com imensos crematórios para incinerar os corpos das vítimas, apagando vestígios do extermínio. As deportações foram realizadas em toda a Europa ocupada pelos alemães, muitas das quais gerando problemas políticos e administrativos. As mais numerosas aconteceram, durante o verão e o outono de 1942, para os campos de Kulmhof, Belzec, Sobibor, Treblinka, Lublin e Auschwitz. O transporte das vítimas para os ‘“campos da morte” era feito por trem e, sempre que possível, os alemães tomavam posse de todos os pertences dos deportados. O número de vítimas de Auschwitz ultrapassou a cifra de um milhão.

Ao terminar a guerra, milhões de judeus, eslavos, ciganos, homossexuais, testemunhas de jeová, comunistas e pessoas pertencentes a outros grupos haviam morrido no Holocausto. Mais de cinco milhões de judeus foram assassinados. Com o fim da guerra inúmeros dirigentes nazistas foram condenados, alguns executados, por um Tribunal Internacional de Crimes de Guerra, como já foi dito.

E, então, Nazismo combina com Cidadania e Direitos Humanos?


Imagem: Google.

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