Gostaria
de comentar hoje um assunto que está na moda, especialmente na área de Recursos
Humanos, quando se trata de seleção de pessoal.
A
palavra é Resiliência. E o que significa isso e por que ela está em evidência?
Na
física, resiliência é a capacidade de alguns corpos de voltar ao seu estado
inicial, ou de se recompor, mantendo sua essência, após ter sido submetido a
uma pressão externa muito forte que lhe tenha causado uma deformação. Os
exemplos são vários, entre eles a mola, o elástico, a borracha. É muito citado
também o bambu.
Hoje
em dia o ritmo acelerado da vida, as altas exigências a que as pessoas estão
sendo expostas trazem para a condição humana essa propriedade da física.
A
competitividade que atualmente está muito presente nas empresas e elas precisam,
de fato, ter em seus quadros profissionais de ponta para sobreviverem no
mercado, não prescinde de que seus profissionais tenham entre as qualidades
exigidas no quadro dos perfis exigidos, também a resilência.
Então,
o que é a resiliência quando essa propriedade da física se aplica às pessoas?
Quando é que as pessoas são resilientes?
As
pessoas são resilientes quando suportam pressões de todos os tipos, mantendo a
sua essência, ou voltando à normalidade após ter sido submetida a uma situação
de alto estresse.
Vejam,
hoje as empresas são multi, multirregionais ou multinacionais. De repente
alguém que está muito bem estabelecido numa cidade, com sua família organizada,
seu cônjuge trabalhando por perto, as crianças estudando em boas escolas, esse
alguém é chamado por seu superior e é “convidado” a mudar de país. Vem de
imediato toda a agonia da mudança, os prós e os contras, a situação dos filhos,
a futura adaptação. Ainda bem que
trabalhar em outro país é o sonho da maioria dos profissionais, pois logo
vislumbram o conhecimento de outras culturas, aprender novas línguas, etc.,
etc., mas e a adaptação? O mundo estranho, o clima, comida estranha e tudo
mais. Mas é pegar ou largar. Essa configura uma situação em que a resiliência
falará mais alto.
E
outras situações da vida também colocam à prova a resiliência das pessoas. As
situações de perda (falecimentos, desemprego, reprovação em concurso,
reprovação no ano letivo, não atingimento de metas o trabalho e tantas outras).
Resiliência
tem tudo a ver com a estrutura psicológica da pessoa, especialmente com sua
autoestima elevada, com autoconfiança, com seus conhecimentos, com sua cultura,
com sua postura de vencedor. Sobrevém, sim, a dor, o sofrimento, a angústia, o
estresse, mas logo isso tudo é superado e a vida segue nas mesmas condições de
antes.
É
o “efeito bambu”! O bambu primeiro solidifica suas raízes para depois
despontar. Ele não vem sozinho, vem em grupo, em equipe. Ao crescer ele se
submete ao vento. Se o vento sopra de leste para oeste ele se verga na direção
oeste. Quando o vento cessa ele volta à posição ereta. Se o vento sopra na
direção norte-sul, ele se verga para direção do sul e quando o vento passa, lá
está o bambu em pé novamente.
Os
processos seletivos das grandes empresas incluem a Resiliência entre os itens a
serem avaliados nos candidatos.
E
como ser uma pessoa resiliente?
As
respostas não são tão fáceis, porém devem incluir estudo constante,
aperfeiçoamento na língua de seu país (isso significa ler e escrever bem!) e
numa segunda ou terceira línguas, leituras dos clássicos da literatura
universal, independentemente de sua área de atuação, espírito de
empreendedorismo, humildade, simplicidade, e jamais ser arrogante.
Assim
deve ser o comportamento das pessoas, tanto dos processos seletivos, como na
vida pessoal e profissional.
As
tempestades, ou melhor, as pressões e situações imprevistas vêm e passam, e a
vida deve seguir, com a vantagem do aprendizado. A fé em Deus, a disposição
para amar, para cultivar a saúde, para o otimismo, para a simpatia e empatia, para
as redes de relacionamentos saudáveis, ajudam muito.
Nunca ouví falar, APRENDÍ.
ResponderExcluir