“Gosto
de lembrar de frase de Paulo Freire, o maior de nossos educadores, grande
pernambucano que nascido em 1921, partiu em 1997 deixando vida, e vida em
abundância. Ele dizia:
- É preciso ter esperança. Mas tem de
ser esperança do verbo esperançar.
Por
que isto? Por que tem gente que tem
esperança do verbo esperar não é esperança, é espera. “Ah, eu espero que melhore, que funcione, que resolva”. Já
esperançar é ir atrás, é se juntar, não desistir. É ser capaz de recusar aquilo
que apodrece a nossa capacidade de integridade e a nossa fé ativa nas obras.
Esperança é a capacidade de olhar e reagir àquilo que parece não ter saída. Por
isso é muito diferente de esperar, temos mesmo é de esperançar!
Mario
Sergio Cortella, autor do livro Qual é a tua obra? Editora Vozes.
Estive em uma palestra - por sinal muito enriquecedora - do Prof.Cortella na noite de quinta-feira, 07/08/2014 e ele falou sobre o que você escreveu acima. Queria lembrar e pesquisando cheguei aqui.
ResponderExcluirObrigada por compartilhar conosco esse conceito.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir“...como insistia o inesquecível Paulo Freire, não se pode confundir esperança do verbo esperançar com esperança do verbo esperar. Aliás, uma das coisas mais perniciosas que temos nesse momento é o apodrecimento da esperança; em várias situações as pessoas acham que não tem mais jeito, que não tem alternativa, que a vida é assim mesmo... Violência? O que posso fazer? Espero que termine... Desemprego? O que posso fazer? Espero que resolvam... Fome? O que posso fazer? Espero que impeçam... Corrupção? O que posso fazer? Espero que liquidem... Isso não é esperança, é espera. Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir! Esperançar é levar adiante, esperançar é juntar-se com outros para fazer de outro modo. E, se há algo que Paulo Freire fez o tempo todo, foi incendiar a nossa urgência de esperanças.” (Mario Sergio Cortella, Folha de São Paulo, 08/11/2001)
ResponderExcluirFolha de São Paulo, quinta-feira, 08 de novembro de 2001
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq0811200123.htm
Outras Ideias
“A resignação como cumplicidade”
Mario Sergio Cortella
(Filósofo, professor da PUC-SP)