Olá amigos, estou de
volta.
Fiz uma pausa para uma
revisão médica. Foi uma pausa bem maior do que eu pretendia, pois alguns
acidentes de percurso aconteceram, mas que foram de grande importância para a
minha vida.
Estava com mancha no
pé, resquício de um corriqueiro arranhão, o qual foi diagnosticado como um
melanoma, câncer definido pelo médico oncologista, Dr. Bernardo Kuroda, como
extremamente maligno.
Já na primeira
consulta com o dermatologista, após a biopsia preliminar, fui avisado de que a
cirurgia deveria acontecer em 30 dias no máximo.
Já no hospital, o Dr.
Bernardo, ao preencher os documentos para a cirurgia, comentou: “Vamos operar
em 15 dias”. Exames feitos, em 10 dias o Hospital Pio XII me chamou para a
internação. Operação bem sucedida. A nova biopsia confirmou a primeira. Um
nódulo inguinal resultou em benigno. A recuperação foi lenta e a cicatriz ainda
não se consolidou. Uma nova avaliação deverá acontecer no inicio de Fevereiro.
Breve relato, mas
muitas lições.
Em primeiro lugar a
dura realidade de ser diagnosticado de câncer. O impacto da notícia, o chão que
se abriu sob os pés, a certeza de que o único caminho é a luta, o acreditar, a
fé. Foi o que aconteceu.
Depois, os “nãos”
recebidos. O convênio não cobriu a primeira biopsia. O tratamento, pelo
convênio, deveria ser feito em São Paulo, no Hospital do Servidor Público. E eu
estava em São José dos Campos. As incertezas de quando começar e a logística
das viagens, hospedagens e os percalços imprevisíveis.
A mão de Deus agiu. Algo me dirigiu ao Hospital Pio XII e de lá o
encaminhamento ao NAC, órgão da Prefeitura que cuida desses assuntos. Fui
encaminhado para o tão temido SUS (Sistema Único de Saúde) que autorizou a
internação com a devida urgência. A cirurgia, o pós-operatório, os curativos. Tudo correu surpreendente bem.
O ótimo tratamento
dispensado pelo pessoal do Hospital Pio XII. O médico muito sério, de poucas
palavras, mas muito competente.
O apoio e o cuidado da
esposa, Fátima, que se licenciando do emprego para ficar ao meu lado nos
momentos mais críticos e depois com os curativos em casa e as visitas ao médico
A família, pais,
irmãos, cunhadas... Uns no apoio logístico, acolhendo-me em casa. Outros,
conduzindo-me de um lado para o outro. Outros ainda, em corrente de oração. Os
amigos, com atenção e cuidado.
Tenho muito a
agradecer. A Deus que colocou um anjo em minha vida, Fátima, e que com essa
doença estreitou ainda mais os nossos laços de amor. E, também, me fez
reaproximar, reconquistar minha família, da qual tinha me afastado, unicamente
por circunstâncias que eu mesmo criei. E ela (minha família) sempre esteve lá.
Estou quase bom e
extremamente ansioso pelos novos exames. A fé e a esperança continuam
fortes. O amor à vida também.
José Gonçalves dos
Santos
Adoro quando você ESCREVE, Sinto que está fazendo o que gosta... Quanto a sua recuperação, eu tenho tão pouca influencia, tudo que fiz foi por amor, DEUS ESTÁ SEMPRE NA FRENTE DE TUDO!
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