segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

A CIRCUNCISÃO DE JESUS



A circuncisão de Jesus aconteceu conforme a tradição judaica no seu oitavo dia de vida, quando da sua apresentação do templo. Esse fato tem vários significados, envolvendo a própria figura histórica daquele que representou o marco divisório da História da Humanidade Ocidental.

A circuncisão é uma tradição que tem origem nos tempos de Abraão que determinou esse ritual para identificar aquele que era realmente judeu (masculino) e que aceitava seguir o seu comando e adotava os costumes, as leis, as tradições e a religião do seu povo, o judaísmo.

A circuncisão é a retirada do prepúcio, a pele que cobre a glande do pênis e deveria acontecer após o oitavo dia, quando não há mais riscos de hemorragia nos recém-nascidos. Havia quem a guardasse como relíquia ou lembrança dessa adesão definitiva ao judaísmo.

Havia muita discriminação aos não circuncidados, chegando mesmo a exclusão social ou a “pecha” de efeminados. A mulher, de fato, do ponto de vista social, era relegada a um segundo plano.

Quanto a Jesus, a circuncisão significou uma antecipação de sua Paixão e Morte, pois foi a primeira vez que dele jorrou sangue. Sangue é humano, é sinal de humanidade. Jesus era humano de verdade (de seu corpo sai sangue) e Ele estava aceitando a lei judaica, a história de seu povo, a sua religião. É lógico que a própria história de Jesus O conduz a um rompimento com os judeus, pois ela traria a “Boa Nova” que são os Evangelhos, onde estão contidos os seus ensinamentos. Ele deixaria de ser o “Messias” libertador, guerreiro que os judeus esperavam, uma vez que passou a pregar a paz, o perdão, a harmonia entre as pessoas, enfim um outro tipo de reino, que “...não era deste mundo”.

Mas o Jesus humano se sujeitou aos compromissos de sua “humanidade”: leis, dores, doenças, militância, sangue,

A fimose

Hoje os cristãos (os seguidores de Jesus) não precisam mais fazer a circuncisão. O que existe é a cirurgia para corrigir a fimose, Essa acontece quando o prepúcio e muito grande e impede a passagem da glande. O médico faz a correção, retirando o prepúcio. É uma cirurgia simples, profilática, higiênica, pois nessa situação há uma acumulo de sujeita em torno da glande, ocasionando infecções e outros incômodos e inclusive atrapalhar as relações sexuais. 

É provável que a circuncisão entre os judeus tenha se transformada em rito, levando-se em conta a própria profilaxia da genitália masculina e a garantia da sua função procriativa, pois como de resto em todas as civilizações antigas, a sociedade judaica era de cunho patriarcalista, isto é, comandada pelos homens.

Jesus existiu como ser humano normal? Sem dúvida. Provas? Poucas. Alguns registros? Sim...

Fica a questão: “...Para que acredita, nenhuma explicação é necessária. Para quem não acredita nenhuma explicação é possível”.

Obs:
No desenho acima a representação mais antiga da circuncisão de Jesus.




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