A circuncisão de Jesus
aconteceu conforme a tradição judaica no seu oitavo dia de vida, quando da sua
apresentação do templo. Esse fato tem vários significados, envolvendo a própria
figura histórica daquele que representou o marco divisório da História da
Humanidade Ocidental.
A circuncisão é uma
tradição que tem origem nos tempos de Abraão que determinou esse ritual para
identificar aquele que era realmente judeu (masculino) e que aceitava seguir o
seu comando e adotava os costumes, as leis, as tradições e a religião do seu
povo, o judaísmo.
A circuncisão é a
retirada do prepúcio, a pele que cobre a glande do pênis e deveria acontecer
após o oitavo dia, quando não há mais riscos de hemorragia nos recém-nascidos.
Havia quem a guardasse como relíquia ou lembrança dessa adesão definitiva ao
judaísmo.
Havia muita
discriminação aos não circuncidados, chegando mesmo a exclusão social ou a
“pecha” de efeminados. A mulher, de fato, do ponto de vista social, era
relegada a um segundo plano.
Quanto a Jesus, a
circuncisão significou uma antecipação de sua Paixão e Morte, pois foi a
primeira vez que dele jorrou sangue. Sangue é humano, é sinal de humanidade.
Jesus era humano de verdade (de seu corpo sai sangue) e Ele estava aceitando a
lei judaica, a história de seu povo, a sua religião. É lógico que a própria
história de Jesus O conduz a um rompimento com os judeus, pois ela traria a
“Boa Nova” que são os Evangelhos, onde estão contidos os seus ensinamentos. Ele
deixaria de ser o “Messias” libertador, guerreiro que os judeus esperavam, uma
vez que passou a pregar a paz, o perdão, a harmonia entre as pessoas, enfim um
outro tipo de reino, que “...não era
deste mundo”.
Mas o Jesus humano se
sujeitou aos compromissos de sua “humanidade”: leis, dores, doenças,
militância, sangue,
A fimose
Hoje os cristãos (os
seguidores de Jesus) não precisam mais fazer a circuncisão. O que existe é a cirurgia
para corrigir a fimose, Essa acontece quando o prepúcio e muito grande e impede
a passagem da glande. O médico faz a correção, retirando o prepúcio. É uma
cirurgia simples, profilática, higiênica, pois nessa situação há uma acumulo de
sujeita em torno da glande, ocasionando infecções e outros incômodos e
inclusive atrapalhar as relações sexuais.
É provável que a
circuncisão entre os judeus tenha se transformada em rito, levando-se em conta
a própria profilaxia da genitália masculina e a garantia da sua função procriativa,
pois como de resto em todas as civilizações antigas, a sociedade judaica era de
cunho patriarcalista, isto é, comandada pelos homens.
Jesus existiu como ser
humano normal? Sem dúvida. Provas? Poucas. Alguns registros? Sim...
Fica a questão: “...Para que acredita, nenhuma explicação é necessária. Para quem não acredita
nenhuma explicação é possível”.
Obs:
No desenho acima a representação mais antiga da circuncisão de Jesus.
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