São
decisões justas que fazem lembrar o Rei Salomão, símbolo da justiça perfeita,
oriunda de uma sabedoria profunda, inspirada por Deus. Salomão foi Rei de
Israel na Antiguidade. Era filho de Davi e Bate Seba, e seu sucessor. Diz a Bíblia
que Deus o levou em consideração, pois instado sobre seus desejos, Salomão
preferiu simplesmente a Sabedoria por poder governar com justiça seu povo.
Governou Israel por 40 anos, de 966 aC a 926 Ac. Organizou o Reino, celebrou
grandes tratados, construiu templos, o principal deles o Templo de Jerusalém,
também conhecido como Templo de Salomão.
Porém, a
sua política social gerou, com pesados impostos gerou descontentamentos e o
cisma que ocorreu após a sua morte, isto é a separação das 12 tribos hebraicas
em dois reinos, Israel e Judá.
Israel
reunia as 10 tribos do Norte e tinha por capital Samaria, e governado pelo fiel
escudeiro de Salomão chamado Jeroboão. Já o reino de Judá era formado por duas
tribos do Sul, com capital em Jerusalém governado por seu filho Roboão. A
divisão favoreceu a invasão estrangeira. O rei babilônico Nabucodonosor, dominou
a região levando os hebreus para a Babilônia, período que ficou conhecido, o
cativeiro da Babilônia.
Os persas
conquistaram o Império Babilônico e permitiram a volta dos hebreus para a
palestina. Em seguida a Palestina foi dominada por Alexandre Magno da Macedônia,
e depois pelos Romanos que destruíram o templo de Jerusalém, provocando a
revolta dos Hebreus. O movimento foi reprimido e os hebreus expulsos da
Palestina, provocando sua dispersão pelo mundo, que ficou conhecido como Diáspora.
Há o
episódio narrado da Bíblia, quando duas mulheres foram até Salomão para
resolver o impasse da definição de quem era a mãe da criança. Salomão mandou
cortar a criança ao meio e entregar a cada uma a metade. Uma delas preferiu o
filho e entregue a mãe usurpadora. Então Salomão mandou entregar a esta a
criança viva, pois a mãe de verdade prefere seu filho vivo. Este episódio
ganhou fama e correu o reino, aumentando ainda mais o respeito dos súditos pelo
seu rei.
Porém,
não é fácil uma decisão salomônica. Requer, antes de tudo maturidade, ter sido
experimentado nas dificuldades da vida, como o ferro que passa pelo calor do
fogo. Leitura, muita leitura, especialmente dos clássicos da literatura, enfim
ter conteúdo humano e humanitário.
Muitas
vezes o conhecimento cumulativo, quantitativo, não qualitativo, pode não trazer
sabedoria. Nesse sentido, vale mais a experiência de um matuto que contempla o
horizonte, percebendo a dança das aves e sabe se vai chover ou não. Chama o
filho e lhe ensina essas observações, recomendando-lhe prudência, providências
e cuidados.
A
sabedoria salomônica é calma, sem pressa, avalia todas as condicionantes de uma
decisão que pode ser fundamental para vida presente e futura.
Salomão
precisa ser revisitado... Sempre.
Imagem: Google
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